sexta-feira, 27 de julho de 2007

Cupcakes de limão

Nesse mês me aventurei na cozinha. Eu me saí mal em algumas receitas, em outras, mais ou menos... Bem, mas essa até que deu certo. Cismei que queria fazer cupcakes de limão. Não achei nenhuma receita na internet nem em livro algum, então arranjei uma receita básica e fiz algumas adaptações.

Cupcakes de limão

Ingredientes
113 g de manteiga em temperatura ambiente
130 g de açúcar
3 ovos grandes
raspas da casca de 1 limão
suco de 2 limões
210g de farinha de trigo
1 e 1/2 colher (chá) de fermento em pó
1/4 de colher (chá) de sal
60 ml de leite

Modo de fazer
Preaqueça o forno (180°). Unte forminhas de muffin ou empada ou use formas de papel dentro das mesmas. Bata a manteiga com o açúcar até formar um creme claro. Acrescente os ovos, um de cada vez, batendo bem após cada adição. Adicione o suco e as raspas de limão. À parte misture em uma vasilha a farinha, o fermento e o sal. Adicione essa mistura de farinha alternando com o leite à mistura da batedeira, batendo apenas até ficar uma massa homogênea. Distribua a massa pelas forminhas e leve ao forno por cerca de 18-20 minutos ou até que fiquem levemente corados. Insira um palito no centro de um cupcake para ver se está pronto (o palito deve sair limpo). Tire do forno e deixe esfriar.

Cobertura:
200g de chocolate branco
meia caixinha de creme de leite
raspas de limão

Derreta o chocolate branco em banho-maria. Acrescente o creme de leite e as raspas de limão. Coloque sobre os cupcakes e salpique granulado branco, confeitos tipo miçangas (foto) ou castanhas de caju moídas. Fica uma delícia!

domingo, 8 de julho de 2007

Volver



Depois de um filme leve, decidi assistir a um filme com mais pimenta: “Volver”, de Almodóvar.
Apesar de ter uma idéia do estilo almodovariano, a gente nunca sabe exatamente o que esperar de um filme dele: se cenas bizarras e chocantes, ou um fino humor negro. Porém, Volver é leve, como eu não esperava, com humor divertido sempre presente, cores fortes, e mulheres idem. Um filme essencialmente feminino, mais marcado pela sugestão do que pela exposição escancarada de assassinatos, estupros e incestos. Uma mistura de Hitchcock com sessão da tarde.
Na cidade espanhola de La Mancha há uma superstição de que lá o vento, que nunca pára de soprar, enlouquece as pessoas. Nesta pequena cidade dominada pelo sobrenatural nasceu Raimunda (Penélope Cruz), filha de Irene (Carmen Maura), irmã de Sole, mãe de Paula e amiga de Agustina. Essas cinco mulheres são a base do filme, enquanto os homens são os coadjuvantes que criam dramas e conflitos em suas vidas – a que elas sobrevivem. Vida e morte permeiam constantemente a trama, se mesclam e se confundem.
Volver se refere à volta de questões mal-resolvidas do passado de Raimunda, e se refere também, fora das telas, ao próprio diretor, pois La Mancha é a cidade natal de Almodóvar.

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Volver, 2006
Comédia dramática
Direção: Pedro Almodóvar
Espanha, 121 minutos

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Orgulho e preconceito

Deste fim de semana não passou: fui a uma locadora escolher um filme, como não faço há 4 anos (!). Eu tinha esquecido o prazer que é olhar as prateleiras, ver as capas, ler as sinopses...
Sempre imaginei a locadora como um supermercado de emoções: você entra e pode escolher o que quer sentir: medo, alegria, tristeza... No entanto, sem nenhuma emoção específica em mente, um título me chamou a atenção: “Orgulho e preconceito”, baseado no livro de Jane Austen, também autora de “Razão e sensibilidade”. Seria bom quebrar o jejum com um filme leve, pensei.
“Orgulho...” se passa no ano de 1797, e conta a história de 5 irmãs pobres que procuram um marido – uma delas, Lizzie, se interessa por um homem rico e arrogante, e esse relacionamento é abalado por conta de diferenças sociais e mal-entendidos. Eu gosto muito de cenas longas e sem cortes, quando bem feitas; e este filme tem cenas desse tipo, além de belas externas e boas atuações. Preste atenção no ator Tom Hollander, ótimo, que interpreta o patético clérigo Mr Collins. Conselho: ignore o final desenxabido criado para o público norte-americano.

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Orgulho e preconceito (Pride and prejudice), 2005
Drama
direção: Joe Wright
Inglaterra, 127 minutos


“Orgulho e preconceito” é um livro muito citado em “Um teto todo seu”, de Virginia Woolf que, coincidentemente, estou lendo (um ensaio de 1928 sobre a produção literária feminina). Jane Austen, uma mulher de classe média, escrevia às escondidas numa Inglaterra do fim do século XVIII e, segundo Virginia, era uma exceção entre as mulheres escritoras da época - a maioria escrevia como homens para ter maior aceitação do público, ao passo que Jane escreveu como quis e criou um estilo literário próprio. Sua literatura era “influenciada pela sala de estar”, pois a mulher não tinha um quarto privado para escrever. As impressões de seus livros são baseadas no que conhecia bem, na sua visão de mundo a partir da sala, nas relações pessoais, nas emoções, no ambiente doméstico, tudo pertencente a um universo cercado pelas paredes da casa, mas infinitamente rico dentro de sua limitação.